Uns Baldes



Aquele que rouba, se isola. repete.

Aquele que repete, retorna (agora) ao Jac's.

Aquele que retorna, persegue e consegue.

Aquele que consegue, supera e seqüestra.

Aquele que seqüestra, ameaça e pede.

Aquele que pede, ameaça. Se vai.

Aquele que se vai, impede.

E aquele que fica, promete.

E se o baldinho voltar, vamos todos sentar no Jac's.

No bom e velho grado do pensar que percebo o que teria sido de minha vida, caso tivesse encaixado uma ação logo após suas belas palavras [retórica], “... um olhar repleto de ternura.”

Apenas mais um gole doutra imagem, duma fina Lembrança do que não ficou.










- Porque você está me olhando assim?

- Oi?

- Você olhando pra mim deste jeito?!

- Uai, mas nem estou olhando pra você. Mas de que jeito eu estou te olhando mesmo?

- Assim, com um olhar repleto de ternura.

- Hãn?!;..Neh!

'Na Janela


Que de besta, 'na janela, não era.

(ainda) É.

Que dela, já se espera!?

Já era.

(virou) conversa.

Sem essa!

Lá se foi ela, tão bela, sem [me] dá trela.

Tons e outros



Com tantos sabores, tantos quantos tantos outros tons.
Tantos ...outros....tons.
E para que este tanto de tantos e mais outros tantos tantos?
(cansei!)
Aliás, só mais uma vez...E tantos são os seus rumores das cores, das dores de seus amores.
Para as suas flores uma meia-dúzia de humores, a base de tratores.
É ferida só de ida.
Partida!
E toda partida é uma partida entre o que se segue pelo que fica. E, mais uma vez, ‘mesmo com tantos sabores (...)’





.........




E no final, tudo é um enfim e, para ‘mim’, tudo é mais um sim!



E nas vistas, ainda tenho aquela foto – que não tiro e nem ‘boto’ – em lugar algum, apenas pra esquecer no meu colo, aquele “velho verso esquecido em que o vento leva seus olhos para longe ”.

sertão.

- ôua, veizin, cê fraga joão gateno, fí de tiranga?
- tô lembrad' não moss. quem é?
- a moss, é amigo alí daques minin' lá de cima, per do parque?
- qual parque?
- moss, quantos parque tem aqui?
- dois uai, parque munispal e parque dispossão!
- tirano cabeça de boi né? _______ moss, joão gateno, cê cunhés êl' !
- moss, tô lembran' não.
- tá sim. fí de tiranga. da pampinha. primo daquel' minin' que casou com a fia de pedrão bulacha.
- casô cum sara?
- é uai, é só ela que el' tem de fia.
- né não, moss. tem aquela otra também, mais moreninha. safada. namorava com flavin de dica e punha chifre nel' cum bilóia.
- ôua! aquela minina é fia de pedrão bulacha também?
- desde novinha.
- sabia não moss, tcê vê?!
- é uai.
- mas joão gateno moss. fi de tiranga. um gordo. da pampinha faltano uma calota.
- joão gateno ou o pai del'?
- o quê?
- é gordo?
- o pai del'. el' mais mag, do top de marquin assim.
- moss, sei quem é não.
- sabe moss, cê só num tá lembrano.
- sei não.
- sabe sim, moss. cê conhes até o pai del', tiranga, da pampinha. gordão. tava aquel' dia lá ni beto cantor. pôs uns verso.
- naquela festinha lá ni beto? nó, tava bom demais. tomamo duas caxa de brama - não, nera não - era bavaria prêmio; uma garrafa pet de fanta daquela pinga de pêd' fulosino; depois mais mêi bacardí e uma urubuzão que os minin' chegô lá.
- ôua! cês é doid'.
- nada moss. depois inda fomo no náite. arrumei uma muié lá - e feia!
- quem era? fala aí nada a ver não.
- não moss. uma guerrera aí.
- é. sei. cê acha que eu num tô ligad' ni quem cê ta rufian' não né? ladrão.
- rara - nada moss - normal.
- ô fera, vou deser alí. tein que ir lá no pernambuco ainda, lá per do poli - buscar uma abelha.
- abelha?
- é moss, pai arrumô ess trem agora depois que aposentou. cismou que é apicultor. comprou umas revistinha, umas caxeta, luva, bota, aquelas ropona pareceno de ir pros planeta. aí mandou eu ir lá buscar essa onça. tô quereno é que esses trem morre logo, vê sel' arruma um trem mais fácil.
- ó gêra moss! que! ques trem!
- falô intão aí dom!
- dom! só porque foi morar ni monscraro já ta falan' igual os bói do majó.
- a, vai furano.
- vira aí que eu furo.
- janete, aquela vaca.
- moss, num póin minhá-mãe no mêi não que eu póin no mêi da sua.


por rafae carneiro (lobaum)


Eu me escrevo e reescrevo.

Escrevo, esqueço e esqueço.... quando escrevo. Me invento a todo momento no vento dos eventos, simplesmente reinvento. Me desdenho com carinho, sem lamento. Por dentro. Escondo de todos e por mim todo meu apreço de dentro de mim, do meu eu e para eu!

Irresistível mesmo é a escrita do mim, a forma mais agradável de ignorar a vida!

Sou a metade do eterno. Sou charme de pouca Simpatia. Sou tanta coisa e ainda me falta um nome.

Me falta um eu.

Me falta um eu que sou eu.

Apenas isso ou isto!

"Wavin’ Flag"


É fatalista, ríspido e central. Na verdade é universal e de fazer chover pelos olhos. Pra muitos é sentimento manifesto, a tanto guardado, que só dá as caras de tempos em tempos. É profético!

É bonito de se ver, de se ter e, às vezes, até de se ouvir. É causa confessa de mandar os outros se calarem, só para sentirmos melhor o que é só nosso, o que é só meu. Mas também é chato, por ser de todos e do mundo. E daí?!

De uma falta de lirismo quase poética e, como toda poesia, é ‘moldura vazia onde a vida entra’. Para cada verso de suas músicas – e como são tantos os sons de sua época - é que esta paixão se move e comove, até mesmo, os ‘frígidos’ de nação.

Bom mesmo é este sentimento quente nos dias gélidos que secam as folhas do outono, que mais tarde, serve-se do inverno.

Difícil é aceitar quando tudo isso se vai, mesmo sem precisar, apesar de seu eterno retorno [quase] profético.

Dói! Quando não dá mais. É de fazer chover pelos olhos quando temos de esperar.

Dói! Só de pensar do que poderia ter sido!

Dói! Justamente por não ter sido!

Que em nosso lar, 2014 seja só nosso, apenas nosso!

Prosaico

Prosaico, era a falta de filtro de Jiraya.
Toda hora era uma resposta e, cada resposta, uma verdade.
Jiraya era agradável, pois é natural do homem querer agradar.

Natural era ele sempre enxergar falhas no destino, mesmo forjando ser um herói.
Retalhos. Era a permanência de alguns estigmas.
Em forma de cruz, era sua cicatriz, seu Silêncio.

Silêncio!
Foi à primeira coisa que existiu e a primeira coisa que Jiraya não ouviu.
Redenção. Uma poesia válida, quando aceita pela vítima.
Pedaço. Foi o dia abençoado de Jiraya, que viveu cada um como se fosse o ultimo e, finalmente, acertou.

Gentil. Era a voz fedida de sua experiência, porque não se apaga algo assim e nem se esquece.


Zaap [2]

Ô Evandro! Ô Evaaandro!

=]

Gotas de um Conto II




Não tinha como não se render. E Jiraya sabia disso, pois nunca foi de freqüentar o clube das exceções.

Ele sabia que era um romântico decaído e que todo romântico, não é, senão, um libertino incorrigível.
Sabia que toda história de amor chegava ao fim, quando os amantes terminavam um nos braços do outro.
Sabia que não era capaz de resistir ao charme dela, sempre discreto as coisas simples da vida.

Jiraya era sabido das coisas, de tudo, do mundo. Ao menos conseguia render muitos verbetes.
Certo dia disse a ela para não fazer as malas, que fechasse os olhos e não disseste adeus, que apenas viesse.

Jiraya era um homem bobo e honesto, que se rendeu mais uma vez àquela nostalgia.
Uma lembrança fina duma memória ‘encardida’ do que uma vez já sentiu e, ferroou-se, pelo que deixou perder e fugir.

Jiraya tinha lapsos, era um tonto. Para ela, sempre guardou “mil vezes ao dia, três gotas de poesia, uso interno somente”. E a naturalidade daquele certo dia – Longe da de sempre – disse: Não faça as malas, feche os olhos e não diga adeus, apenas venha.

E ela não veio...

Jiraya se levantou e saiu dali. Foi embora e se perdeu.

Diário (?)

...era tarde da noite, já no segundo bar. A oitava ou nona cerveja, nem sei. A troca de olhares era constante, mas a distância entre nós não me dava certeza se aqueles olhares que vinham da última mesa do passeio eram realmente pra mim. A dúvida, além da vontade, era grande. Eis q ela passa, indo ao banheiro e ali, parado, só pensando em como seria seu gosto, um misto de cevada e nicotina, já que ela fazia uso dos dois... ...passado algum tempo me levantei e segui o caminho que me levaria ao encontro dela - e da latrina - já meio tonto pela quantidade de álcool que circulava por mim, achei que teria coragem suficiente pra fazer o que eu achava que devia ser feito. Quando cheguei lá - no banheiro - ela tinha acabo de entrar pro reservado, como o masculino estava livre, entrei, me confundi com o zíper da calça, acertei o vaso, depois descarga e tomei fôlego pra sair dali cheio de coragem - nota, não tome fôlego em banheiros de butecos, não preciso nem falar pq, né? Quando sai ela ainda estava dentro do reservado, esperei, mexi no celular, tentei despistar... ...ao fundo ouvi a porta se abrindo, era ela. Lavou as mãos e passou por mim. Eu, mais uma vez fiquei lá, estático, só pensando no gosto que ela devia ter e com o barulho da torneira pingando na minha cabeça...

Poesia cansada

Tédio não é só condição. É situação. É sentimento. Sentimento que pouco cessa. Que muito fica e acompanha. Estaciona, esparrama e toma conta. Sentimento contínuo. Sentimento burro que nunca abandona.
Antecede o tudo. A tristeza, dor e prazer. É repouso. Companheiro. É humorado. Mau-humorado. Cômico! É Nada. É parado e achatado.
É o desconforto da preguiça. É uma preguiça exausta, que direciona.
Direção de lá ou cá, pouca importa, apenas vá.
E se não ir ele aflora e deflora com chacota.
É um sentimento de fazer perceber e senão partirmos pra fazer, não somos capazes de ser.
Incapazes!
Castrados. Impotentes de não fazer o que se tem de fazer. De criar o que fazer. É um não fazer.
É sentimento. É romântico. É Poético. Poesia viva de vida que trilha sempre uma saída. É rima pobre, rica. É rima da vida de ‘cabeça ativa’. É uma vida. Uma Fila longa. Um feriado!
É Poesia de repouso, abafada. Ritual acuado. Pôr do sol desfalecido na madeira. É Poesia de Sorte, de Morte!












[Para Milla Dream on, ou kamilla para os menos íntimos!]

Mais Uma Idade, Feliz Idade!


É tempo sentido dum tempo fingido. Pra uns é libertino e pra outros, falido. Particular. Finito. Incorrigível, talvez. O fardo do Homem está na dor-alegre – do sangue – da Mãe. Nascimento?
Cartões, meias, carros, soldados, bolas, armas, abraços e por aí vai; Muitos em diminutivo ‘inho’ e no masculino mesmo, porque sou assim, um Varão!
Se agora eu fosse uma carta, seria apenas uma introdução e mau redigida. Um textículo, sem muita borda, com muita busca e que encontra na fuga um ritmo pra tudo, para o mundo, de um e outro, não sei.
Pode até ser triste – e certamente é triste – mas é algo meu como também existem os “seus”. É carrossel. Uma data que volta e revolta em torno do retorno, que só cessa com o recesso da obra que, ora é minha, ora é de Deus e, outrora, era dos outros.
Uma carta de vivências que brinca de nada, de ser, de receber e que futrica o aqui! É minha data, porém gostam mais dela do que eu e, por isso, saúdam ao ventre e ao bem-dito ao fruto.
Então, o que posso dizer, senão: “Tudo de bom”, pra mim!
São como os versos de Emílio Moura, “Viver não dói. O que dói é a vida que se não vive”.

CarnaMoc - BH 2010 part. 1

O que prometia ser mais uma frustação na minha vida, se mostrou construtivo e cheio de aprendizagem. Além de outras coisinhas que eu só conto na segunda parte desse relato carnavalesco, como se fosse um 'desfile das campeãs, sabe?

1 - dê um jeito de ir numa festa gay de carnaval. Sempre tem mulheres e, como a oferta de heteros é quase nula, a sensualidade rola fácil;

2 - cuidado com o amigo que vai comprar cervejas, ele pode ficar com seu troco e você só vai notar isso quando o motorista do táxi lhe disser que a corrida custou $12,80;

3 - beba Bohemia Weiss e Confraria, tu vai ficar doidão;

4 - não se esqueça da regra nº 1 dos jogos do amor, jamais dê moral para a garota no dia seguinte, ou você vai passar o resto do ano puto com esse seu romantismo pré-adolescente;

5 - estoque as centenas de camisinhas que você ganhou, sempre rola uma festa bacana para gente usá-las de balão;

6 - ...e ano que vem tem mais!

=]

Perfil

É Pessoa de gosto fino, de gozo requentado sem afinco. Pouco importa se o tempo corra, desde que escorra. Gosta de sentar e ver a vida passar, de passear e ver a vida assentar. Costura um faz-de-conta de meninices de um palhaço resmungão, que cantarola os contos dum mocinho-bandido ladrão de coração. Pra fora do calabouço, pela janela de aluvião, se ver na ‘água de rio que vai para o mar’, é ‘nuvem nova que vem pra molhar’.

É photo bonita, de moça faminta por gotas de chuvas com gosto de fuga. É coisa que destina o drama que confidencia, a coincidência que desatina a palavra de Deus, arauto de aporias?

Réstia?

Borda o jardim. Suspira o café. Castelo de Marfim. Punhado de mel. Dilui o abraço. Olho quadrado. Réu da folia. Gaiola de fios. A alegria dos versos é a mudez da sintonia.

Está Pronta!

Está pura, está nua e crua!






Por Sanchez

Miúdez

É uma Criança.
Uma criança que já quer crescer
e que diz ‘precisar’ crescer.
Já apresenta uma pequena vergonha de ser criança,
de deixar saber que ainda dorme com o gato na cama.
Vergonha por chorar escondido,
no banheiro e no seu íntimo.
Não quer mais ter indiferença por beijos
e não ter de mentir sobre garotas.
Quer crescer, mesmo com medo,
não quer ter medo, mesmo sendo criança.
A mesma Criança que quer crescer
e que recusa o medo de envelhecer,
de empalidecer, definhar, perecer.
Quer apenas crescer,
mesmo pirraçando o irmão menor.
Uma pirraça descomprometida,
sem motivos, sem maldade.
Quer sair, enturmar e dizer pra si,
o quanto já é idêntico
dos muitos que estão por aí.
Quer parar de fingir.
De fingir de sorrir quando é dito
sobre qualquer experiência
de algum tipo,
que o [seu] sorriso fingido te autorizou,
a dizer sim!
pela experiência que nunca passou.
É apenas mais uma criança que quer crescer.
Que diz ‘precisar’ crescer.

Relatos de uma noite de verão...

"...ela mandou falar pra eu nao ir, mas fui assim mesmo,
achei desaforo demais ela nao ter a 'hombridade' de me ligar e pedir isso, saca?

Chegando lá encontrei com outra amiga dela e ficamos sentados juntos, rolou a missa, aquele trem todo, os formandos entraram de dois em dois, músicas, cantos, padre, pastor(?), homenagens, agradecimentos... ...fui ficando com frio na barriga a cada trecho decorrido da tal celebração, até que acabou e todos saíram.

Estava lotado, fui lá, dei um abraço nela, falei que ela estava linda, desejei parabéns, fiquei uns 2 minutos ali por perto, aí me despedi, entreguei um cartão e fui embora. Nessa hora foi muito louco! Pq ela estava meio nervosa, sei lá. Talvez com medo da familia chegar - acredito q eles ainda não saibam - aí ela disse 'a gente conversa depois' e rolou um sorriso assim no canto da boca...

Sai de lá leve, parecia que estava tudo resolvido, foi bom, me senti livre e pensei que, mesmo se não voltarmos me sinto com o 'dever cumprido.'

Mas hoje acordei de ressaca e estou aqui de novo, consumido pela ansiedade e sem p*rra nenhuma para fazer...

InsiteMoc

Como é Sabido, a dor da frustração, da decepção e de seus afins permeia todos aqueles que ousam viver, conviver e renascer neste mundo. Entendendo isto como um senso comum é que este nosso espaço de divagações, de reflexões e, principalmente, de desabafo encontra reconhecimento e, através dos relatos, histórias e dramas contidos neste, que temos a oportunidade de divulgar os nossos ideais, intenções e jutificativas quando é escrito tal coisa. E para esta divulgação contamos com a colaboração do pessoal do InSiteMoc. E a eles deixo o agradecimento pela oportunidade de apresentar, aos diversos públicos e/ou tribos, a intenção da criação de nosso Blog e relatar o conteúdo existente nos nossos textos.

Para os interessados em ver o artigo - escrito por mim - sobre este espaço, aqui vai o link. http://insitemoc.blogspot.com/2009/12/painel-de-ideias-ai-me-afogo-num-copo.html

Numa garimpagem excêntrica, numa tentativa rústica de identificar o desnorteio (da psique) de um outrem que, em meio a confusão da dor, do ser, do vir e do está é que buscamos os melhores contos, histórias, realidades, fantasias, dramatizações, drasticidades e a honestidade do amargo, na qual somos complacentes do contexto ímpar, porém não único da vida de um HOMEM, de sua "catarse" sentimental diante de um balcão de bar.


Rodolpho Bastos
&
Tim Pires

Afinados

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