Gotas de um Conto II




Não tinha como não se render. E Jiraya sabia disso, pois nunca foi de freqüentar o clube das exceções.

Ele sabia que era um romântico decaído e que todo romântico, não é, senão, um libertino incorrigível.
Sabia que toda história de amor chegava ao fim, quando os amantes terminavam um nos braços do outro.
Sabia que não era capaz de resistir ao charme dela, sempre discreto as coisas simples da vida.

Jiraya era sabido das coisas, de tudo, do mundo. Ao menos conseguia render muitos verbetes.
Certo dia disse a ela para não fazer as malas, que fechasse os olhos e não disseste adeus, que apenas viesse.

Jiraya era um homem bobo e honesto, que se rendeu mais uma vez àquela nostalgia.
Uma lembrança fina duma memória ‘encardida’ do que uma vez já sentiu e, ferroou-se, pelo que deixou perder e fugir.

Jiraya tinha lapsos, era um tonto. Para ela, sempre guardou “mil vezes ao dia, três gotas de poesia, uso interno somente”. E a naturalidade daquele certo dia – Longe da de sempre – disse: Não faça as malas, feche os olhos e não diga adeus, apenas venha.

E ela não veio...

Jiraya se levantou e saiu dali. Foi embora e se perdeu.

1 Copos na Mesa:

CésaNegaum 27 de abril de 2010 às 11:03  

Moss ..nego é o cara ...se eu fosse muuié ..eu era sua rapariga ruim .........

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Numa garimpagem excêntrica, numa tentativa rústica de identificar o desnorteio (da psique) de um outrem que, em meio a confusão da dor, do ser, do vir e do está é que buscamos os melhores contos, histórias, realidades, fantasias, dramatizações, drasticidades e a honestidade do amargo, na qual somos complacentes do contexto ímpar, porém não único da vida de um HOMEM, de sua "catarse" sentimental diante de um balcão de bar.


Rodolpho Bastos
&
Tim Pires

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