É tempo de resgate, de trazer o que foi para ‘ser’ e, portanto, permanecer.
É ver o passado deixar de ser aquilo que não é mais, para continuar sendo e não perecer.
Por que se um dia eu quis ser rebelde, foi para negar meu contentamento de ordem...
E se escolhi o ‘vermelho da igualdade’, foi devido a carência sutil de 'luz' das diferenças...
E se meu cabelo cresceu, foi pra dizer que não dava mais pra ‘podar’ os meus desejos.
E se um dia aquilo que se passou 'era' algo que não é mais, hoje continua sendo aquilo que foi, ao mesmo tempo em que não 'é'.
É ver a inércia do que não muda e do incorruptível ser degradada. Testemunhar o ‘devir’ revelar sua face e preparar o terreno para as ‘metamorfoses andantes’ do dia-dia.
É o passado - que assume o lugar de direito do presente - comumente confundido com o ‘vir a ser’...
O que antes dava assento para o outro, agora reivindica seu lugar de volta.
É ver o modismo demodê da moda, desenterrar motivos para amar e agredir o que não é belo...
É confundir-se com uma Ortodoxia de ‘bermudas’.
É ser reacionário unicamente por reagir.
É conseguir, a todo o momento, fundar um conceito de anacrônico.
É empalidecer com os novos [velhos] costumes, dar espaços as novas [velhas] guerras...
Por Sanchez
2 Copos na Mesa:
Um dos que eu mais gostei!
sem palvras...
ou melhor: "incrível".
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