Resgate

É tempo de resgate, de trazer o que foi para ‘ser’ e, portanto, permanecer.
É ver o passado deixar de ser aquilo que não é mais, para continuar sendo e não perecer.
Por que se um dia eu quis ser rebelde, foi para negar meu contentamento de ordem...
E se escolhi o ‘vermelho da igualdade’, foi devido a carência sutil de 'luz' das diferenças...
E se meu cabelo cresceu, foi pra dizer que não dava mais pra ‘podar’ os meus desejos.
E se um dia aquilo que se passou 'era' algo que não é mais, hoje continua sendo aquilo que foi, ao mesmo tempo em que não 'é'.
É ver a inércia do que não muda e do incorruptível ser degradada. Testemunhar o ‘devir’ revelar sua face e preparar o terreno para as ‘metamorfoses andantes’ do dia-dia.
É o passado - que assume o lugar de direito do presente - comumente confundido com o ‘vir a ser’...
O que antes dava assento para o outro, agora reivindica seu lugar de volta.
É ver o modismo demodê da moda, desenterrar motivos para amar e agredir o que não é belo...
É confundir-se com uma Ortodoxia de ‘bermudas’.
É ser reacionário unicamente por reagir.
É conseguir, a todo o momento, fundar um conceito de anacrônico.
É empalidecer com os novos [velhos] costumes, dar espaços as novas [velhas] guerras...







Por Sanchez

2 Copos na Mesa:

Geiisa. 21 de setembro de 2009 às 10:43  

Um dos que eu mais gostei!

Guilherme Souto 21 de setembro de 2009 às 11:04  

sem palvras...
ou melhor: "incrível".

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Numa garimpagem excêntrica, numa tentativa rústica de identificar o desnorteio (da psique) de um outrem que, em meio a confusão da dor, do ser, do vir e do está é que buscamos os melhores contos, histórias, realidades, fantasias, dramatizações, drasticidades e a honestidade do amargo, na qual somos complacentes do contexto ímpar, porém não único da vida de um HOMEM, de sua "catarse" sentimental diante de um balcão de bar.


Rodolpho Bastos
&
Tim Pires

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