Imagens

E se acordei na madrugada, foi pra enganar o tédio. Foi pra apresentá-lo a uma longa manhã e enfiar na sua cabeça que o dia tem três pedaços. Queria cansá-lo. Talvez o próprio tédio se entediasse de me entediar, se cansasse e me deixasse em paz.

Tentei acreditar numa nostalgia de tempos não vividos, saudades de um lugar que nunca vi. Mas não tem como. A verdade disto está na poesia de escrever e não na mentira de sentir.

E se cada dia me afasto da infância, é fazer força pra não acreditar que depois dos 10, tudo é decadência. É esperar um amanhã melhor, porque a certeza de um ontem mais legal é me importar demais com o dia de hoje. Parece que o copo cheio fica cada vez mais vazio, do meio pra cima.

Fico cego ao enxergar o doce, acho pesado o verde com vermelho, roxo e amarelo; De tocar sua alma e ouvir sua dor. É pensar que os sentidos não fazem sentidos quando não seguem a ordem de sentir o que temos de sentir, onde temos de senti-los. É confuso. Leviano. Vivaz demais.

E se me chamam de forte, foi por culpa da rejeição e hoje sou até capaz de rir e de fazer piadas disso. E pensar que ser fraco é tão lícito.

E ela tinha razão. “Carência e proximidade”. Era só confusão mesmo. Foi como beijar minha irmã, para tanto fiquei mais aliviado e ela também. Pelo menos superamos a ‘caretice’[de somos amigos], pena não existir prêmio pra isso.










Por Sanchez



1 Copos na Mesa:

Guilherme Souto 3 de outubro de 2009 às 17:39  

Sanchez me surpreende...

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Numa garimpagem excêntrica, numa tentativa rústica de identificar o desnorteio (da psique) de um outrem que, em meio a confusão da dor, do ser, do vir e do está é que buscamos os melhores contos, histórias, realidades, fantasias, dramatizações, drasticidades e a honestidade do amargo, na qual somos complacentes do contexto ímpar, porém não único da vida de um HOMEM, de sua "catarse" sentimental diante de um balcão de bar.


Rodolpho Bastos
&
Tim Pires

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