É triste ter que presenciar a pessoa que mais queremos perto de nós, nos evitar. Confesso que inicialmente no nosso relacionamento, ou melhor, em todo nosso relacionamento eu fui apático. Fui ridiculamente indiferente, não levei em consideração os sentimentos dela em relação a nós dois, seu bem-estar, seu conforto, sua alegria, sua cumplicidade; nem ser seu amante de fato eu consegui. Longe disto! Tratava-a quase como uma boneca inflável, procurava-a esporadicamente, talvez para desejar, por telefone, uma boa noite ou para um pedido de pesquisa na internet. E quando paro realmente para pensar no que se passou, sequer consigo lembrar de algum beijo ardente, ou de um beijo decente. Tudo tão mecânico, tão chato, parecia conveniência pura, uma satisfação social e egoísta.
Não me sentia inspirado a manter aquela cadência machista que me movia quando a vi pela primeira vez, tão solitária e sedenta de calor humano, desprotegida, cabeça baixa, sozinha e o melhor, solteira. “Queria protegê-la com meu sentimento e me embriagar com o teu perfume”. Aquela cena me motivava, despertava um ‘cosmos’ interior tão fantástico e desconhecido, era uma impulsão a cada momento, a cada suspirada e a cada centelha de raio de sol. Era uma surpresa imediata a cada ação que eu fazia por e para ela. E quando assustei, descobri que minha existência restringia-se a um sorriso que ao menos era o meu, e que meus sentimentos por ela se resumiam a um clichê sobre amor, em que só passando-se por tal situação, este pavoroso clichê reveste-se de outras conotações.
Era indescritível. Porém era algo que contagiava. Consegui involuntariamente contaminar a todos com aquele sentimento, como se eu fizesse com tudo que me cercava se apaixonasse também, na qual a própria Natureza esforçava-se para eu realizar aquela missão, que seria certamente mais gratificante que o término dos 12 trabalhos de Hércules. De súbito, era “como se o teu corpo sedutor passasse a ser o meu costume, um sonho lindo que eu gostava de sonhar”. E com o tempo deixou de ser um sonho, apesar de que todas as vezes que eu a via na minha frente, ela mantinha uma áurea onírica em volta de sua imagem. Antes de tudo, ela sempre foi um pensamento gostoso, a própria felicidade arraigada na possibilidade de “ouvir sua voz em cada amanhecer e do lado dela ver a vida acontecer”.
Pior que ter de afirmar isto tão claramente, é não ter percebido os fatos antes de desenrolarem, acontecerem e me deixar assim, jogado as traças da solidão. Eu ao menos tive a hombridade de reconhecer os gritos do relacionamento, as lágrimas dela almejando tempero em nossa convivência. Lembro do seu lamento, de suas conversas cansativas do presente momento. Fingia que não a ouvia, porém, lá no meu íntimo mais profundo, não negava nada do que ela reclamava. Era tudo verdade. Nunca entendi o porquê de meu comportamento tão ‘meia-boca’ com um relacionamento que teve um sentimento de origem tão agradavelmente destruidor.
Agora olha só para mim! Depois de perdê-la por não te ouvido-a, e ao menos quis saber. O que eu fiz com seu amor? O que eu fiz comigo? E o seu coração já possui um novo amor. E pensar que eu joguei fora tudo que me deu, juntamente com você. Observando sua nova caminhada e com uma recíproca razão guia de viver, penso que não posso fazer nada e que é tarde demais. Por mais que eu esteja disposto a te mostrar o quanto eu sempre quis e quero você, está contigo, fazer de minha presença ao seu lado um blá blá blá de amor e esclarecer os porquês de minha insensibilidade primeira, não tem como! Apesar de que sua felicidade fora de minha jurisdição me faz chorar. Mesmo ouvindo suas palavras recheadas de eufemismos terapêuticos, quando me falava que não dava mais, que perdi e que não fazia mais sentido está junto a mim, à dor foi inevitável.
E para fugir da moléstia do desespero causado pela dor de minha memória, pelos mementos não valorizados, pelo prêmio conquistado e ter feito do troféu um item de reciclagem, é que tenho de matá-la em minha mente, em minha vida e de meu passado. Preciso viver, respirar, caminhar, endireitar, transpirar, renascer, transar e para tanto tenho que deixá-la mais do que para trás, superá-la ou suprimi-la, mas sim anulá-la, apagá-la, por que trazer a tona memórias e lembranças é reviver o passado e por conseqüência não ter presente, e na ausência deste, se privar da única arma capaz de fazer do futuro um espaço decente para ser feliz. E pensar que o destino matou um sonho bom que um dia eu sonhei.
Não me sentia inspirado a manter aquela cadência machista que me movia quando a vi pela primeira vez, tão solitária e sedenta de calor humano, desprotegida, cabeça baixa, sozinha e o melhor, solteira. “Queria protegê-la com meu sentimento e me embriagar com o teu perfume”. Aquela cena me motivava, despertava um ‘cosmos’ interior tão fantástico e desconhecido, era uma impulsão a cada momento, a cada suspirada e a cada centelha de raio de sol. Era uma surpresa imediata a cada ação que eu fazia por e para ela. E quando assustei, descobri que minha existência restringia-se a um sorriso que ao menos era o meu, e que meus sentimentos por ela se resumiam a um clichê sobre amor, em que só passando-se por tal situação, este pavoroso clichê reveste-se de outras conotações.
Era indescritível. Porém era algo que contagiava. Consegui involuntariamente contaminar a todos com aquele sentimento, como se eu fizesse com tudo que me cercava se apaixonasse também, na qual a própria Natureza esforçava-se para eu realizar aquela missão, que seria certamente mais gratificante que o término dos 12 trabalhos de Hércules. De súbito, era “como se o teu corpo sedutor passasse a ser o meu costume, um sonho lindo que eu gostava de sonhar”. E com o tempo deixou de ser um sonho, apesar de que todas as vezes que eu a via na minha frente, ela mantinha uma áurea onírica em volta de sua imagem. Antes de tudo, ela sempre foi um pensamento gostoso, a própria felicidade arraigada na possibilidade de “ouvir sua voz em cada amanhecer e do lado dela ver a vida acontecer”.
Pior que ter de afirmar isto tão claramente, é não ter percebido os fatos antes de desenrolarem, acontecerem e me deixar assim, jogado as traças da solidão. Eu ao menos tive a hombridade de reconhecer os gritos do relacionamento, as lágrimas dela almejando tempero em nossa convivência. Lembro do seu lamento, de suas conversas cansativas do presente momento. Fingia que não a ouvia, porém, lá no meu íntimo mais profundo, não negava nada do que ela reclamava. Era tudo verdade. Nunca entendi o porquê de meu comportamento tão ‘meia-boca’ com um relacionamento que teve um sentimento de origem tão agradavelmente destruidor.
Agora olha só para mim! Depois de perdê-la por não te ouvido-a, e ao menos quis saber. O que eu fiz com seu amor? O que eu fiz comigo? E o seu coração já possui um novo amor. E pensar que eu joguei fora tudo que me deu, juntamente com você. Observando sua nova caminhada e com uma recíproca razão guia de viver, penso que não posso fazer nada e que é tarde demais. Por mais que eu esteja disposto a te mostrar o quanto eu sempre quis e quero você, está contigo, fazer de minha presença ao seu lado um blá blá blá de amor e esclarecer os porquês de minha insensibilidade primeira, não tem como! Apesar de que sua felicidade fora de minha jurisdição me faz chorar. Mesmo ouvindo suas palavras recheadas de eufemismos terapêuticos, quando me falava que não dava mais, que perdi e que não fazia mais sentido está junto a mim, à dor foi inevitável.
E para fugir da moléstia do desespero causado pela dor de minha memória, pelos mementos não valorizados, pelo prêmio conquistado e ter feito do troféu um item de reciclagem, é que tenho de matá-la em minha mente, em minha vida e de meu passado. Preciso viver, respirar, caminhar, endireitar, transpirar, renascer, transar e para tanto tenho que deixá-la mais do que para trás, superá-la ou suprimi-la, mas sim anulá-la, apagá-la, por que trazer a tona memórias e lembranças é reviver o passado e por conseqüência não ter presente, e na ausência deste, se privar da única arma capaz de fazer do futuro um espaço decente para ser feliz. E pensar que o destino matou um sonho bom que um dia eu sonhei.
3 Copos na Mesa:
O esforço pra esquecer é a vontade de lembrar. Não se guardam pessoas em gavetas.. muito menos essas que foram arquitetas das coisas boas e passadas.
Larga essa nostalgia, baybe.
:p
Muito bom esse, viu! (;
Yeah Yeah
Gato,o texto mais 'simples' que vc já escreveu.
Fácil de compreender mas não com uma linguagem pobre.
Gostei principalmente do último parágrafo..
Gostei mesmo!
um ahaazo, baby!
beijos e queijos!
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