Poesia cansada

Tédio não é só condição. É situação. É sentimento. Sentimento que pouco cessa. Que muito fica e acompanha. Estaciona, esparrama e toma conta. Sentimento contínuo. Sentimento burro que nunca abandona.
Antecede o tudo. A tristeza, dor e prazer. É repouso. Companheiro. É humorado. Mau-humorado. Cômico! É Nada. É parado e achatado.
É o desconforto da preguiça. É uma preguiça exausta, que direciona.
Direção de lá ou cá, pouca importa, apenas vá.
E se não ir ele aflora e deflora com chacota.
É um sentimento de fazer perceber e senão partirmos pra fazer, não somos capazes de ser.
Incapazes!
Castrados. Impotentes de não fazer o que se tem de fazer. De criar o que fazer. É um não fazer.
É sentimento. É romântico. É Poético. Poesia viva de vida que trilha sempre uma saída. É rima pobre, rica. É rima da vida de ‘cabeça ativa’. É uma vida. Uma Fila longa. Um feriado!
É Poesia de repouso, abafada. Ritual acuado. Pôr do sol desfalecido na madeira. É Poesia de Sorte, de Morte!












[Para Milla Dream on, ou kamilla para os menos íntimos!]

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Numa garimpagem excêntrica, numa tentativa rústica de identificar o desnorteio (da psique) de um outrem que, em meio a confusão da dor, do ser, do vir e do está é que buscamos os melhores contos, histórias, realidades, fantasias, dramatizações, drasticidades e a honestidade do amargo, na qual somos complacentes do contexto ímpar, porém não único da vida de um HOMEM, de sua "catarse" sentimental diante de um balcão de bar.


Rodolpho Bastos
&
Tim Pires

Afinados

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